Arquivo do blog

27.7.25

"Contratapas" de Página12

 A seguir, link para as  recomendáveis crônicas (contratapas) da jornalista argentina Lila María Feldman, publicadas no no jornal Página12. Recomendo, especialmente a leitura da crônica publicada neste 17 Jul. 2025, da qual grifei o trecho abaixo.

"El futuro sigue siendo nuestro más antiguo sueño, pero también nuestro sueño más nuevo o siempre renovado, radiante contra las sombras del hoy. Empedernido, porque no tiene otra opción que serlo. Las catástrofes y sus devastaciones nos asedian, se han convertido en el pulso diario de los días. Aprendimos que las catástrofes más temibles no son obras de la naturaleza sino de la propia condición humana, que se nos vuelve irrespirable por su creciente inhumanidad. También aprendimos que los libros son obra de aquella misma condición. No creo que su antídoto, un antídoto por completo eficaz, sabemos que las catástrofes no responden en modo alguno a “ignorancias”, pero sí son los libros un dispositivo anti-catástrofes, un modo de combatirlas tanto como de abrir hendijas por donde respirar entre tanto escombro. Hay libros que hacen de nuestra condición humana un género menos inhumano, mejoran –esta vez ellos- al género humano mismo. La escritura en sí misma es un dispositivo anti-catástrofe siempre a mano, un artefacto de inteligencia artesanal capaz de sobrevivir al diseño de artificialidades y engendrar futura escritura, futuro pensar. Hay libros, que con su sola existencia son el testimonio de que la catástrofe se combate, también, con libros."

26.7.25

Sobre o paradigma estético

Nos últimos dias andei lendo alguns ensaios, entrevistas e capítulos de livros do francês Nicolas Bourriaud. Entre esses textos, me chamou muito a atenção este artigo publicado na Chimères. Revue des schizoanalyses (1994) sobre o livro Caosmose - Um novo paradigma estético, de Félix Guattari. Recomendo muito o artigo de Bourriaud e tantos outros artigos publicados nos mesmo número 21 da revista, bem como o livro de Guattari.

À vendredi, Robinson (2022), dir. Mitra Farahani



"Cada palavra deriva de várias outras palavras"
(Ephraim Golestan,no doc "À vendredi, Robinson").
Altamente recomendável!

22.7.25

Entrevistas e palavras de Jorge Alemán

 "Con 19 años leí Las palabras y las cosas, de Foucault y los Escritos de Lacan. Después salí a la calle y vi todo escrito: la ciudad estaba escrita. Yo había prestado atención a los significados (“Viva la unidad popular” o “Viva la resistencia del pueblo”) pero, de pronto, ver la combinatoria entre significante y significado me hizo pensar en la materialidad del discurso de otra manera. Entonces me empezaron a interesar aquellos que se resistían a que el sentido se difundiera rápidamente. Si un sentido se hace demasiado evidente se erosiona con rapidez."
Recomendável a leitura desta entrevista com o psicanalista argentino, há anos residindo na Espanha, publicada recentemente no jornal El País. Igualmente recomendável,a sua newsletter).
Nuestro deseo, que no para de crecer, es lo que ha exacerbado el capitalismo.


Após a leitura da entrevista acima, recomendo outra entrevista do pensador argentino a Esther Peñas

"Perdemos lo inapropiable. Si todo esto que está describiéndose en estas páginas, el tecnocapitalismo, la IA, la mutación antropológica, el tecnoceno, los automatismos, los algoritmos, las operaciones de la técnica… que está dominando el horizonte de la experiencia, si todo eso lograra tocar el lenguaje y la esencia del mismo, la poesía, no creo que haya posibilidades políticas de ningún tipo. Ahora más que nunca lo político depende de lo poético."

Ahora más que nunca lo político depende de lo poético”.


"El no a la ultraderecha no solo se juega en las urnas, sino que es una práctica cotidiana de la amistad, y una reinvención de la misma en donde se pueda discutir cómo se comparte la aventura de frenar la amenaza fascista."
(Do texto publicado hoje, 27 Jul. 2025)

https://jorgealeman.substack.com/p/la-aventura-de-frenar-la-ultraderecha

A imaginação apocalíptica

"Diante da hiperglobalização da guerra e da constante intensificação da ameaça nuclear; da crise climática que projeta a extinção da humanidade e de incontáveis outras espécies; da ascensão do fascismo e do esgotamento terminal do capitalismo, não poderia ser diferente: o mundo está, evidentemente, acabando. A catástrofe não é uma exceção, mas a própria dinâmica de reprodução do capitalismo hoje. Nesse contexto, até mesmo a pergunta a respeito da adequação de nossa imaginação ao presente histórico parece ociosa."
(Trecho do ensaio "
A imaginação apocalíptica",de Brunna Della Torre, publicado nesta data no blog da editora Boi Tempo). 

13.7.25

Do Diário de Ítalo Moriconi

 Diário de maio: a Literatura

O quequieu estou fazendo aqui, é o que me pergunto enquanto leio Grande sertão: veredas. Não pertenço a este universo, não tenho nada a ver com isso. E, no entanto, prossigo, com vontade, até voracidade no virar as páginas, oscilando entre o prazer e o ódio que me causam obras literárias desafiadoras, ao serem lidas pela primeira vez. O misto de sedução e estranheza que a palavra nova, porém forte, suscita em quem lê. Um clássico é forte a priori. Como diz Italo Calvino, um clássico é um livro que as pessoas dizem que estão “relendo”. Mas, como se sabe, a releitura de um clássico é sempre uma primeira leitura. Estou (re)lendo, lendo de primeira. A cada estação da vida, corresponde uma estação de apreensão do grande clássico (grifo meu). Um grande clássico literário é, em princípio, um livro longo. Como vou chegar à página 700 do Grande sertão? Conseguirei chegar lá? Não quis ler a edição de bolso, mas é bem complicado manusear o volumão que tenho em mãos.

É que me deu a louca, típica de professor de literatura aposentado da sala de aula, de retornar aos clássicos, de (re)ler os livros grossões da grande tradição. Me deu uma vontade louca de pegar o Grande sertão de jeito. A grande tradição tem que ser um legado real.

Tão voltado ao movimento contemporâneo que sempre fui, observei que não é nada, não é nada, o romanção de Guimarães Rosa permanece vivo, sobretudo nas adaptações. Muito me impressionaram a peça e o filme de Bia Lessa e, por causa do jeito que a vida e os circuitos de consumo se dispersam, ainda não vi a adaptação de Guel Arraes. Caio Blat é o Riobaldo da hora. E não são poucas as leitoras profissionais (leia-se: professores) que têm uma leitura de Grande sertão viva no repertório, pelo que depreendo de conversas informais recentes. Será que leram o livro todo?

Eu quero a leitura, sem saltar uma linha, sem pular nenhuma página. O livro. Não as leituras de leituras. Supõe-se que nas centenas de páginas do grande clássico tudo seja proteína, não descartável. Teria a leitura literária se tornado uma técnica subsidiária, fonte de histórias para as artes audiovisuais? Esses que adaptaram certamente enfrentaram o bicho de cabo a rabo. A avaliação crítica da adaptação começa pela verificação de quais foram as ênfases e as supressões na passagem das centenas de páginas para o artefato estético. É um dos prazeres advindos do enfrentamento do livro coisa em si.

Portanto, empreendo a leitura selvagem, esse misto de prazer e obrigação que é a leitura do clássico ilegível, esquecendo a enorme fortuna crítica existente, alguma bem recente, esquecendo num primeiro momento as filmagens do Manuelzão, as correspondências com os tradutores.

Para continuar lendo as Cenas de escrita para um diário íntimo, do Ítalo Moriconi,  no Blog da Biblioteca Virtual do Pensamento Social.

Dance, senão estamos perdidos


“Trata-se da vida e, portanto, de encontrar uma linguagem
para a vida; 
e, como sempre, trata-se do que ainda não é arte,
mas talvez possa se tornar arte”.

8.6.25

Entrevista recomendável

 

"La psiquiatría tiene que salir de su atascamiento para ponerse al servicio de la sociedad", (Santiago Levín, presidente de la Asociación de Psiquiatras de América Latina). Página12, 18 Dez. 2014).
"En términos de salud mental pública, las realidades son bastante similares. Hay mucho retraso. Si uno mira con lupa, hay diferencias, hay países que se ocupan un poco mejor de la salud mental que otros, pero globalmente somos un continente con un déficit importante de la aplicación de políticas de salud mental en prevención y en tratamientos. En Latinoamérica y el Caribe la brecha sanitaria para el tratamiento de los trastornos mentales graves es muy alta; es decir, la proporción de personas con trastornos mentales que nunca recibe un diagnóstico o un tratamiento. En toda la región se necesita urgentemente la profundización de planes, el aumento de partidas presupuestarias y la aplicación de planes modernos de prevención y de tratamiento de trastornos mentales." 

6.6.25

Sebastião Salgado e John Berger: "O Espectro da Esperança" (2001)

Há tempos procurava este vídeo e ontem à noite, após uma rememoração, o encontrei.Uma conversa imperdível entre o fotógrafo Sebastião e o crítico de arte e escritor John Berger.
Altamente recomentável!

"Contratapas" de Página12

  A seguir, link para as  recomendáveis crônicas (contratapas) da jornalista argentina Lila María Feldman , publicadas no no jornal Página12...